quarta-feira, 29 de julho de 2015

Brasil fica perto da 2ª divisão da economia



O Brasil ainda é "seguro" para investidores, mas ficou mais perto de perder o selo de bom pagador: a agência de classificação de risco S&P's (Standard & Poor's) manteve ontem o grau de investimento do país, mas revisou a perspectiva da nota brasileira de qualidade de crédito para negativo.
A nota de crédito em moeda estrangeira do Brasil no longo prazo ficou em em "BBB-", a última antes de cair para o chamado "grau especulativo" - uma espécie de "2ª divisão" da economia global, na qual o risco de calote é mais alto, o que tende a afugentar investimentos e empréstimos no país. No comunicado em que anunciou a revisão, a S&P's informa que "o Brasil enfrenta circunstâncias políticas e econômicas desafiadoras" - ou seja, a turbulência pela qual o país passa atualmente (entre outras, fazer o ajuste fiscal e equilibrar controle da inflação com elevações no juro básico da economia do país), aumento no desemprego, queda no consumo, entre outros fatores. A agência destaca ainda que, para trazer a economia brasileira de volta aos trilhos, o governo "irá, no futuro, enfrentar derrapagem, devido à dinâmica política fluida", e que "uma trajetória de crescimento mais firme levará mais tempo do que o esperado". Menos confiável, o Brasil teria de elevar ainda mais sua taxa de juros para atrair capital (a Selic está hoje em 13,75%), o que poderia amortecer ainda mais a economia - para a qual já se espera recessão neste ano e um cenário bastante difícil em 2016. O medo de que o Brasil deixe de ser um participante confiável no mercado financeiro global também contribuiu para a disparada recente do dólar: a moeda americana foi cotada ontem a R$ 3,369.

- Que situação!

Fonte: Jornal Destak

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