sexta-feira, 31 de julho de 2015

Cheque especial tem pior juro desde 1995



O consumidor recebeu em junho mais motivos para não entrar no cheque especial nem utilizar o rotativo do cartão de crédito. Dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC) mostraram que os juros da primeira modalidade de crédito foram de 241,3% ao ano - os maiores desde dezembro de 1995. Em maio, a taxa estava em 232% ao ano. A taxa do crédito rotativo (cobrada quando o cliente não paga o total da fatura do cartão de crédito), por sua vez, ficou em 372% ao ano, a mais alta das modalidades de crédito disponíveis para pessoa física. A maior taxa para o cheque especial foi a aferida em junho de 1994 - quando estava em estratosféricos 294%. De acordo com o BC, a taxa média de juros cobrados no crédito pessoal para pessoa física ficou em 111,9% - acima dos 111,3% de maio. Sobre inadimplência, segundo o BC, houve estabilidade no segmento de crédito livre, com a taxa permanecendo em 4,7% em junho, em relação a maio. No crédito para compra de veículos, também houve estabilidade - ficando em 3,9%. A alta dos juros acompanha o movimento ascendente da taxa básica de juro da economia brasileira, a Selic: com a registrada na quarta-feira (de 13,75% para 14,25%), já são sete aumentos seguidos. A alta do juro é o meio do BC tentar conter a demanda, a fim de desacelerar a inflação - o IPCA (indicador oficial) está hoje em 8,89% no acumulado dos 12 meses até junho (muito acima da meta de 4,5%).De acordo com o BC, a expansão das operações de crédito no país no primeiro semestre deste ano ficou em 2,8%, contra 4,2% em igual período de 2014. Para o ano, a projeção do BC é de expansão de 9%, contra crescimento de 11,2% um ano antes.

- Vamos controlar bem o orçamento.

Fonte: Jornal Destak

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