quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Seca no Paraíba do Sul põe Rio sob risco de racionamento


Ainda imune à estiagem prolongada que provoca transtornos no Sudeste, os moradores da região metropolitana do Rio de Janeiro têm motivos para começar a se preocupar. Segundo boletim da Agência Nacional de Águas (ANA), o nível dos reservatórios da bacia do rio Paraíba do Sul chegou, no final de setembro, a 12,9%. É o menor da história, segundo especialistas, que já alertam para a necessidade de consumo racional de água e investimentos para recuperar a bacia. A implantação de um racionamento não está descartada, mas a decisão só será tomada ao final de novembro.

A bacia do Paraíba do Sul é composta pelas represas de Paraibuna, Santa Branca, Jaguari, Funil e Santa Cecília e é usada para abastecer a capital e municípios da Baixada Fluminense, por meio de transposição para o Rio Guandu. Além disso, abastece outros 180 municípios, com uma população de 4,4 milhões de habitantes em São Paulo, Rio e Minas Gerais. Algumas cidades menores já têm enfrentado dificuldades com o abastecimento de água, principalmente na parte baixa do rio, que deságua no Oceano Atlântico na cidade de São João da Barra (RJ).

No final de setembro de 2009, o nível do reservatório equivalente (que representa a média dos níveis dos diferentes lagos) estava em 79,1%, maior valor desde o início do acompanhamento pela ANA, em 1998. No mesmo período do ano passado, chegou a 51,2% e, desde então, vem caindo rapidamente. Entre agosto e setembro, perdeu 6 pontos percentuais, até atingir a mínima histórica de 12,9%. "Já estamos abaixo de 2003, que foi um ano crítico, e de 1955, o pior já registrado", diz Vera Lúcia. 

As leves chuvas de outubro não foram suficientes para estancar a sangria. Atualmente, a vazão do reservatório de Santa Cecília, o último antes da transposição, está restrita a 160 metros cúbicos por segundo, 30 metros cúbicos a menos do que o normal nesta época do ano. Se não chover até o fim de novembro, pode ser reduzida novamente, provocando problemas nos reservatórios que abastecem o Rio. 

- Medidas preventivas precisam ser pensadas já!

Fonte: Brasil Econômico

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