quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Mesmo com BC, dólar vai a R$ 4,146 e bate novo recorde



Preocupações com as contas públicas brasileiras e incertezas políticas, além da crise global, voltaram a levar ontem o dólar ao maior valor da história do real (que começou em 1994), apesar do Banco Central (BC) ter atuado no mercado para tentar conter a escalada da moeda americana. O dólar subiu 2,28% a R$ 4,146. Na máxima do dia, a divisa chegou a ser cotada a R$ 4,1517. Foi a quinta sessão consecutiva de alta, com a moeda acumulando avanço de 8,14% no período. No ano, a valorização é de 55,94%. A moeda até abriu o pregão em queda, após o governo conseguir manter 26 de 32 vetos no Congresso. No entanto, ainda falta avaliar o que é considerado o mais importante, que é o veto de Dilma ao aumento de salário de servidores do poder judiciário. Mas logo a moeda acelerou, após as declarações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de que a CPMF não será aprovada na Casa, mesmo com reforma ministerial. O anúncio das intervenções do BC fez o ritmo de valorização da moeda diminuir um pouco. O BC entrou vendendo US$ 4 bilhões no mercado de câmbio com os chamados leilões de linha e dessa forma segurar a cotação do dólar. Foi a primeira vez que a autoridade anunciou duas operações no mesmo dia. À tarde, a divisa voltou a ganhar força com a divulgação, por Eduardo Cunha, dos ritos que o pedido de impeachment da presidente Dilma deve seguir na Câmara. A alta do dólar continua sustentada pela falta de perspectiva de melhora do quadro fiscal, pelo risco de perda de selo de bom pagador do país por outra agência e a chance cada vez maior de abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma.

- Não está fácil.

Fonte: Jornal Destak

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