Valorização chega primeiro a pãozinho e remédio

Dependentes de matérias-primas importadas e com estoque de giro rápido, produtos farmacêuticos e o pãozinho francês não têm como adiar o repasse da alta do dólar e já estão pesando mais no bolso do consumidor. Os alimentos à base de trigo, grupo que inclui ainda biscoitos e macarrão, já vêm subindo desde março, quando a moeda passou a marca dos R$ 3, porque grande parte da farinha usada no Brasil é importada da Argentina e dos EUA. Segundo a Abimap, a entidade que representa o setor, há um aumento médio de custos da ordem de 5% decorrente do câmbio. No ano, o pãozinho encareceu, em média, 8,1%, quando a inflação medida pelo IPCA foi de 7,06%. Mas a tendência é que os fabricantes segurem ao máximo essa alta para não perderem vendas. Na indústria farmacêutica, o efeito imediato será na redução dos descontos oferecidos pela indústria ao varejo. Preços de perfumes e maquiagem também devem subir.

- O bolso do brasileiro está sentindo.

Fonte: Jornal Destak